
A trajetória do voto no Brasil iniciou-se em 1532, precisamente no dia 23 de janeiro. Os moradores de São Vicente, primeira vila da colônia portuguesa no Brasil, escolheram democraticamente pela primeira vez na eleição para a Câmara Municipal de São Vicente.
Até 1821, só era possível o voto no âmbito municipal, não existiam partidos políticos, o voto era aberto e só homens livres poderiam votar. Durante o Brasil Império, era possível eleger deputados e senadores das câmaras do Império.
Nesses períodos, as fraudes eleitorais eram muito comuns: o voto por procuração era um exemplo disso, onde o eleitor transferia seu direito de voto para outra pessoa. Como não existia título de eleitor, também era frequente o uso de nomes de pessoas mortas,crianças e pessoas de outros municípios. A implementação do título de eleitor aconteceu em 1881, por meio da lei Saraiva. Como o título não contava com foto, as fraudes continuavam a acontecer.
Depois da Proclamação da República, em 1889, o voto ainda não era direito de todos. Menores de 21 anos, mulheres, analfabetos, mendigos, soldados rasos, indígenas e integrantes do clero estavam impedidos de votar.
O voto direto para presidente e vice-presidente veio junto com a Constituição Republicana de 1891. Após isso, tivemos o período chamado política do café-com-leite, em que o governo era ocupado uma vez por representantes de São Paulo e outra pelos de Minas Gerais, alternando entre eleições. As fraudes e o voto de cabresto são marcas da época, e todo o cenário político era manipulado pelos detentores de poder.
Com a era Vargas, veio também a maior experiência democrática vivida pelo país, tínhamos a conquista do voto feminino e do voto secreto. O período seguinte foi o da ditadura militar, e como sabemos, não ocorreu nenhuma eleição direta para Presidente da República durante os longos 20 anos de regime.
Após os conturbados anos, o movimento Diretas Já, em 1964, marca o fim da ditadura e a última grande conquista pelo voto democrático, que perdura até os dias de hoje.
Redação por: Fernanda Heloísa e Anna B. Barros;
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