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Alan Turing - o pai da ciência da computação e herói anônimo da II guerra mundial



Alan Mathison Turing (1912-1954) foi um matemático e criptógrafo britânico, que por todos os seus feitos em vida e descobertas inovadoras ganhou o título popular de pai da ciência computacional e da inteligência artificial. Apesar de ser um dos maiores gênios de sua geração, ele foi duramente perseguido por ser um homem gay, e teve sua história apagada por muitos anos em decorrência da homofobia sofrida.


Ao longo de sua vida, Turing recebeu uma rígida criação e demonstrava ser uma pessoa introvertida, mas isso não impediu sua dedicação na escola, ele era destaque desde muito novo em disciplinas como matemática e física. Aos 15 anos, já era capaz de resolver problemas matemáticos complexos. Não tinha amigos, mas aos 16 anos firmou uma grande amizade com Christopher Morcom, e se apaixonaria por ele logo depois. Morcom faleceu em 1930 quando Alan tinha 18 anos, nunca dando a chance a ele de confessar seus sentimentos.


Turing cresceu e graduou-se em matemática com honras pela Universidade de Cambridge, e obteve seu PhD em matemática e criptografia em Princeton. À essa altura, já defendia teorias a respeito da construção de uma máquina capaz de realizar todos os cálculos possíveis à mente humana, a “Máquina de Turing” se tornou um protótipo dos computadores modernos.


Com a popularidade de seu nome, o exército britânico o convocou para quebrar códigos indecifráveis utilizados pelos alemães na segunda guerra mundial. Assim,Turing e uma equipe de outros matemáticos conseguiram criar a “bomba eletromecânica”, ou “Bombe”, que descriptografou esses códigos e foi responsável por revelar a posição das tropas alemãs, cumprindo um papel fundamental para o fim da guerra.


Mesmo sendo um dos principais colaboradores dos Aliados e de seu país na guerra, ao se declarar publicamente homossexual em 1952, o cientista foi, de maneira homofóbica, condenado pelo crime de indecência e sofreu castração química por injeções de hormônios femininos. Além disso, ele foi proibido de atuar em estudos na área da computação.


Assim, Alan teve sua carreira arruinada, e isso afetou diretamente a sua vida pessoal. Falido, depressivo e com a saúde debilitada ,Turing morreu ao comer uma maçã envenenada por cianeto. A principal teoria era a de suicídio, mas estudiosos concluíram que foi um envenemamento não proposital causado pela grande quantidade de remédios que ele tomava.


Mesmo com a genialidade de seu legado, as contribuições de Turing para com o governo britânico foram mantidas confidenciais até a década de 70, e foi apenas em 2013 que a Rainha Elizabeth II concedeu o perdão real de sua condenação.




Redação por: Fernanda Heloísa e Anna B. Barros;

Design por: Natália Oliveira e Nalanda Veloso;

Postagem por: Styves Barros.

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